segunda-feira, 18 de maio de 2015

Marcas

Tenho aprendido a lidar com as mudanças que ocorreram do lado de fora. Fiz as pazes com minhas estrias, e provavelmente elas serem pequenas e concentradas na área do umbigo foi algo que facilitou as coisas. Fiz as pazes com o seio que ficou mais pesado que o outro por conta de uma mastite e acabou... diferente... Fiz as pazes com o cabelo que agora, aos 3 meses de puerpério, começou a cair. E junto com o cabelo, parece que a acne está indo embora.

Mas é difícil fazer as pazes com a minha alma. Talvez porque ainda não a encontrei. Ainda não assumi a identidade de mãe, é estranho pensar em mim dessa forma. Sempre achei que mãe fosse aquela mulher incrível que cozinha maravilhosamente, limpa a casa com muita destreza e faz aparecer roupa limpa no armário da gente. Eu não sou assim. Então ser mãe não é só isso.

Foi bom sair da experiência gravidez com marcas no corpo além da bebê mais linda nos braços. As marcas tornam tudo mais real. E ainda que eu tenha imaginado que voltaria a ter o corpo pré-bebê quando ela nascesse, estou feliz por ter um corpo diferente. Porque não sou a mesma pessoa.

E assim abraço essa estranha que quero tanto conhecer.

domingo, 3 de maio de 2015

Dia das mães - o primeiro!

É dia das mães em Portugal.

Às mulheres que se tornaram mamãs na mesma época que eu, em especial você, com quem partilho aquelas preocupações que parecem ser só nossas, sobre visitas, gente que não lava a mão e quer pegar no bebê, e etc.

Às mulheres que se tornarão mamãs em breve, em especial você, que era colega e virou uma amiga tão querida com quem conversei sobre tanta coisa ao longo das nossas gestações.

Às mulheres que se tornarão mamãs daqui a um tempinho, em especial vocês duas, amigas lindas, que queriam tanto engravidar, e quis o destino que só agora desse tudo certinho.

Às mulheres que são mamãs faz tempo, ou só um tempinho, e que se dispuseram a me aconselhar quando pedi, a conversar quando precisei, em especial a minha irmã, que se tornou uma mamã incrível.

Feliz dia das mães.



Também preciso aproveitar a data para esclarecer algumas coisas. Preciso começar dizendo: mãe, eu agora sei. Eu entendo. Obrigada.

À mãe do meu marido, que se dispôs a deixar seus filhos mais novos para nos ajudar a cuidar da minha bebê, e que ainda aguentou meu mau humor. Nunca te agradeci como deveria, mas nunca vou esquecer o quanto nos ajudou. Obrigada.

Ao meu marido lindo, que cuida de mim quando eu nem lembro que preciso cuidar. Que todo dia me lembra o quanto eu te amo só de me olhar. Obrigada. Ah! E que café da manhã foi esse, adorei!

À minha menina, que me fez mãe e que me guia. Que me mostrou que dormir 8h nem é tudo isso quando a gente pode acordar às 4h da manhã rindo. Que me faz chorar de alegria só de fazer sons sem o menor sentido, mas que fazem todo o sentido pra mim. Obrigada. Você tornou meu mundo ainda mais belo.

É dia das mães em Portugal. Um beijo!