quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Mensário de uma mãe quase doida

Quando o seu pai sugeriu que passássemos 4 meses no Brasil, achei engraçadinho. Achei que era piada, filha, confesso. Mas claro, é seu pai, então ele falava sério. Como assim passar 4 meses longe da nossa casa? Dos nossos passeios no Jardim do Palácio de Cristal? Gosto tanto da nossa rotina calma, previsível. E lá vem seu pai sacudir tudo...

Saímos no finzinho de abril, eu quase em frangalhos de medo. Medo de tudo, filha. A falta de rotina, de horário pra dormir, dos espaços que a gente conhece e que nos dão segurança. Medo dos comentários sobre a amamentação, sobre a forma como escolhemos criar você. Medo das 10h presos num avião, sem poder te deixar correr pelos corredores.

Afinal, você me surpreendeu. Me desculpa por não ter confiado em você, filha.


O trajeto no avião foi tranquilo, os encontros com os parentes foram tranquilos, estar na casa dos avós foi tranquilo. Foi tudo tranquilo pra ti. Adoraria deixar você me guiar daqui pra frente.


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